FOCALIZANDO O ACRE

È impressionante ver ainda a falta de conhecimento por parte dos brasileiros, e pior ainda quando se trata de seu próprio país. Criticamos muito os estrangeiros que vez por outra confundem o Brasil com algum país da América Latina e até dizem que a capital nossa é Buenos Aires.
Também não ficamos prá traz. Países fora da rota do Jet set internacional, também são ignorados por nós. Quanto aos seus povos então, nem se fala.
O Estado do Acre por ser pequeno entra nessa lista. A maioria das pessoas que nunca o visitaram ainda pensam nele e em sua capital, Rio Branco, como um lugar cheio de cobras e onças pelo caminho. Que tudo é mato. Pelo contrário a capital acreana é uma das mais limpas que já vi aqui pelo Brasil; o índice de alfabetização é alto e Rio Branco tem várias universidades.
Contudo, para desinformação nossa, o estado possui uma grande quantidade de povos indígenas, alguns deles jamais vistos por cristãos. A necessidade missionária é grande.
Visitei o estado recentemente e sobrevoando o estado pude ver aquele imenso tapete verde onde habitam alguns desses povos. Algumas agências missionárias, entre elas a JOCUM marcam presença fazendo o seu trabalho. Contudo, ainda é pouco.
A seara é grande, mas poucos os ceifeiros (Mateus 9:37).
Essa expressão usada por Jesus ao contemplar os campos expressa bem a verdade da igreja evangélica acreana. Muita vontade, mas pouca ação. Há poucas horas de Rio Branco, ficam algumas dessas reservas abertas para o trabalho missionário. Outras são “blindadas” por entidades governamentais que rechaçam os missionários.
Bem perto dali, fica também a fronteira com a Bolívia e o Peru. Países vizinhos e irmãos e que ainda sofre muito com a falta de infra-instrutora e estratégias para evangelizarem os indígenas do lado de lá, mas também os outros grupos de povos (Kaxinawás, Yawanawás, Poyanawás, Jaminawas, Ashaninkas), entre outros.
E tudo isso muito perto de nós. Será o que nos impede de uma força tarefa para evangelizar o próprio país como fizeram na Índia? Será que recursos, preparo, visão, ou seja, l[á o que for? Não, penso que primeiramente é preciso haver informação, e nessa caminhada temos ainda muito o que aprender.